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terça-feira, 14 de agosto de 2012

A padronização dentro do ambiente acadêmico

Ao se deparar com um novo ambiente acadêmico, em encontros de estudantes ou mesmo mudança de faculdade é notável as mudanças que muitos tem de enfrentar. Me parece um tanto comum a inferiorização da própria instituição. "Nossa, na minha faculdade não tem isso!"; "Que inteligente, na minha faculdade isso é feito manualmente"; "Olha, se isso existe em minha faculdade eu desconheço!"

Que bom seria se tudo fosse padronizado, certo?! Creio que errado. Cada instituição trabalha com uma realidade de público, ambiente e recursos financeiros e humanos diferentes. É preciso se adaptar. O que deve existir é uma conversa entre todos os setores de serviços na empresa. Ontem, uma aluna veio até a biblioteca querendo saber o procedimento para fazer o cadastro na biblioteca e outros serviços. Após fazer seu cadastro ela me agradeceu e disse que ao fazer a matrícula não recebeu orientação sobre nada, nem ao menos como fazer a carteira estudantil. Um absurdo, pensei. Pode ser, mas os serviços dependem de todos.  E se o padrão da secretaria é simplesmente fazer a matrícula o que a impede de orientar. Orientei a aluna sobre diversos procedimentos, saiu satisfeita.

Quando o vulcão de trabalhos acadêmicos começa erupcionar uma quantidade eloquente de atividades, resumos, resenhas, testes, listas de exercícios, temos a sensação que estamos em um ambiente completamente desordenado. O detalhe é que um professor coloca seu trabalho cheio de questões dinâmicas, umas provas de 'marcar X', outros parecem elaborador de banca de concurso, com trabalhos inimagináveis. É óbvio que o professor tem autonomia para avaliar como bem entender, mas quando os trabalhos evoluem para chegar ao tão sofrido trabalho de conclusão de curso é que percebemos que a falta de padrões se arrastaram por toda a vida acadêmica.


São em média 4 a 5 anos de curso, tempo suficiente para adaptar corpo docente e discente quanto as normalizações que farão parte de nossas vidas por um bom tempo. Estou com uma ideia quase em prática, criar para cada curso da faculdade onde trabalho um padrão para a monografia, além de elementos bibliográficos essenciais para sua existência quando se almeja que seja um material recuperável virtualmente e fisicamente. Tenho projeto para lecionar mini cursos de formatação ABNT, mas independente de um retorno financeiro tenho o sonho de mudar a cultura da instituição a qual tenho o carinho e prazer e trabalhar. Espero ter despertado essa vontade também na sua.

Criar padrões de cabeçalho é muito mais que manter a ordem é marketing, padrão é mais que um formato, é uma arte. Tenho me deparado com orientadores extremamente mal informados. É necessário mais do que cobrar de seus orientandos. A Leitura é o primeiro passo para o marketing cultural. Aos alunos espero um compromisso maior com seu futuro, com seu trabalho bem desenvolvimento. O conhecimento está na curiosidade de cada um.

Debora Freitas de Sousa

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